Estamos a menos de quinze dias do final de 2010. Muitos amigos que acompanham o meu blog têm pedido para que eu o atualize. Eu devo isso não só a vocês, mas principalmente a mim mesma. Iniciei esse blog no dia 18 de setembro, dias antes da minha cirurgia de redução do estômago. Agora completo com quase dois meses e meio de operada e preciso registrar os acontecimentos.
A vida com 22 quilos a menos é muiiiiiiiito melhor. Hoje, abro meu guarda-roupa e quase todas as roupas já não me servem. Aquelas que não cabiam estão cabendo (muitas até bem folgadas) e as que usava nos últimos meses que antecederam a cirurgia já estão pra lá de frouxas (nem parece que eram minhas!!!).
O emagrecimento vai acontecendo paulatinamente, mas ao mesmo tempo causa uma “revolução”. Cada dia que passa, ou melhor, a cada semana que passa, vamos murchando (literalmente falando). Me olho no espelho e tem certos momentos que olho duas vezes para ter a certeza de que estou diante de mim mesma (é incrível, mas é verdade). Aí sorrio e digo cá aos meus botões:
– Sim, sou eu mesma! Oxe Gésia deixe de doidice!
Só tem uma coisa que não me agrada: os braços extremamente grossos. Mesmo na minha mais forma mais “enxuta” antes da cirurgia, sempre tive braço grosso (herança genética). Ontem, conversando com uma grande amiga num bate-papo gostoso desses de final de ano – eu, Mônica Camerino e Jack Calheiros – Mônica me contou que uma conhecida dela fez cirurgia no braço um ano e meio após a redução de estômago e que o resultado foi excelente. Ela disse que a cicatriz foi tão pequena quem nem dá para perceber. Bem, eu vou aguardar. Agora em janeiro começo minhas aulas com a personal-trainer-prima, Karina Guimarães, e vamos ver o que o puxa-ferro pode fazer por essa parte do meu corpo. Se for o jeito, eu entro no bisturi.
Mas estou falando do lado concreto, visual. Agora quero entrar no lado interior, psicológico. Gente, comer para viver é algo maravilhoso! Estou felicíssima de sentir vontade de comer e me satisfazer com um pouco de alimento. Esse é o lado – digamos assim – “mágico” da cirurgia. Só que TUDO mais depende de cada um de nós.
Sou altamente disciplinada. Fiz essa cirurgia para acabar de uma vez por todas com a doença chamada obesidade mórbida. Graças a Deus a medicina avançou ao ponto de eu – e qualquer pessoa que desejar – pode livrar-se desse mal que hoje, comprovadamente atinge milhões no mundo inteiro (e alguns não têm nem a genética).
Visito a nutricionista conforme prescrito, assim como o meu cirurgião. Acabei de fazer os exames laboratoriais prescritos por ele para verificar minhas taxas. Ainda tem a endoscopia e um raio-x do estômago, esôfago e intestino. Vou toda semana para minha psicóloga.
Digo a todo mundo que quer fazer ou que fez essa cirurgia – e que como eu ainda está no primeiro ano – que não há milagre e que nós devemos preservar nossa saúde, cumprindo as regras de disciplina médica, psicológica, alimentar e física (exercícios e musculação).